domingo, 27 de fevereiro de 2011

Meu violão

Hoje escutei uma musica do Sidney Miller, que me foi tao agradavel aos ouvidos que eu decidi posta-la aqui

Meu Violão


Sidney Miller


Meu violão, meu coração que canta
Quanto mal espanta, quanta dor desfaz
Pois faz de conta que me fez contente
Que eu não choro mais
Fala o que sente seja o samba o que ele for
Mas de repente vem falar do meu amor
Pra dar ao samba um tom maior
Pra dar ao verso seu valor

Meu violão num toque tão ligeiro
Chegará primeiro quem melhor cantar
Por um segundo ninguém perde o mundo
Ninguém vai chorar
Virá meu tempo, vou-me embora quando for
Mas fica um samba pra falar do meu amor
Laia laia laia laia lala

Meu Violão já quis fazer feitiço e não pegou
Sem compromisso batucou verdades
Que ninguém falou cantou
E agora insiste no meu samba alegre
No meu choro triste na minha canção
Pra se fazer ouvir
Faz da esperança à melodia
E traz a luz do dia como inspiração

Meu violão, eterno companheiro
Que se fez parceiro na composição
Segue o meu passo que vai no compasso do meu coração
Leva comigo mais um canto, por favor
que eu tenho tanto que falar do meu amor
Um samba só, por Deus Nosso Senhor

Suspiro

Acordou ofegante,
Era insuportável e querido aquilo,
ela vinha invadindo seu pensamento
noite após noite,
beijava-o, lhe fazia carinho,
falava coisas bonitas e se aninhava em seu peito
era quase prefeita, tudo era bom e gostoso,
não fosse pelo fato de quando as imagens esmaeciam
ele acordava no escuro, suado e sozinho,
esperando para quando descançasse a cabeça no travesseiro
tudo aquilo voltasse, para pelo menos, ter alguns momentos de felicidade.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sozinho

Quando a neve finalmente se foi,
e o céu ficou limpo,
todos os animais saíram de seus ninhos, tocas e esconderijos,
e como uma aquarela, começaram os cortejos de amor,
os pombos inflando seus papos para as delicadas pombas,
os esquilos brincando de pega-pega,
cães selvagens se embrenhando e rolando na grama recém umidecida,
patos e seus "quacks" no lago.
Porém, havia um que estava ali, observando todo aquele alvoroço.
Era um canário, empoleirado em um fino galho de pinheiro.
Sua amada havia ido, e nunca voltara.
Ele, amante fiel, postou-se no galho e ali ficou,
numa solidão profunda, esperando o dia em que veria de novo
o semblante de sua querida outra vez.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Reflexões [1]

Hoje conversei com uma colega minha sobre relacionamentos,ela, obviamente, mais experiente que eu...Foi a primeira vez que tive uma conversa com ela desse tipo, porque, sinceramente nunca tivemos tempo nem intimidade suficiente pra falar dessas coisas, gostaria de ter tido essa conversa antes, mas enfim, que há de se fazer... O importante disso, foi que ela me disse coisas as quais, apesar de preocupado, me deixaram com uma pontinha de felicidade. Conversamos sobre a minha ex-namorada, uma menina muito simpática e carinhosa diga-se de passagem (não é porque não estamos mais juntos que eu vou acabar com a imagem da garota),  o ponto em questão é que, apesar de sempre escutar o clichê "esquece e segue em frente" ou "Isso é passado", e insistirem que eu toque minha vida com o lema Hakuna Matata (Não há problemas), eu criei um carinho por ela, e carinho meus amigos e amigas, vocês sabem que não se joga no lixo assim tão fácil.    

Aprendiz do tempo

E tudo acabara ali,
Tão repentinamente.
Ele ficou chocado,
não com o que ouviu,
afinal de contas,
ele já sabia o que ia ouvir,
mas sim pela maneira como aconteceu,
Nenhum contato, voz ou olhar,
apenas palavras frias, sem sentimento.
Chegou a um ponto de ficar revoltado com aquilo,
e de se perguntar o porquê,
não achou respostas e já não havia como voltar.
Iria demorar, ele sabia, pra digerir aquilo.
Ganhou tempo, tempo de mudar, de se fazer diferente,
pra um dia poder voltar e mostrar tudo aquilo em que se tornara,
que toda aquela dor havia o transformado em algo maior, algo melhor.
Fora impaciente no início, mas aprendera a respeitar a ele, o tempo,
que vinha ensinando-lhe tanto, em tão pouco.
Agora só tinha que esperar, e se esforçar, para mudar o jogo,
pra pôr tudo a seu favor outra vez,
e dar o Xeque-mate na vida e no amor.  

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Eu te Amo

Era tudo fantástico,
ele a amava, de verdade,
fazia não tudo, mas o que
estivesse ao seu alcançe.
Óbvio, errava as vezes,
mas se havia amor,
havia perdão e era nisso
em que ele acreditava.
Não eram muito de sair juntos,
mas muitas vezes ficavam na varanda
conversando e observando
o céu se tingir de preto e pontilhar estrelas azuis.
Ele gostava daquilo, achava e era romântico.
Sonhava ficar pra sempre, ter uma vida ao lado dela,
o que não era impossível,
já que ela também o amava.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

É isso aí...

Apesar de eu escrever todos esses poemas, o que eu quero passar é isso:

Quem te ver passar assim por mim
Não sabe o que é sofrer.
Ter que ver você assim sempre tão linda.
Contemplar o sol do teu olhar, perder você no ar
Na certeza de um amor
me achar um nada,
Pois sem ter teu carinho
eu me sinto sozinho
eu me afogo em solidão...
Oh Anna Juliaaaaa (2x)
Nunca acreditei na ilusão de ter você pra mim.
Me atormenta a previsão do nosso destino.
Eu passando o dia a te esperar,
você sem me notar.
Quando tudo tiver fim, você vai estar com um cara,
Um alguém sem carinho.
Será sempre um espinho
dentro do meu coração.
Oh Anna Juliaaaaa (2x)
Sei que você já não quer o meu amor,
Sei que você já não gosta de mim,
Eu sei que eu não sou quem você sempre sonhou,
Mas vou reconquistar o seu amor todo pra mim.
Oh Anna Juliaaaaa (3x)
Oh Anna Julia, Julia, Julia
ouououou!

Acho que deu pra ser bem claro né...

Olhos

Viveu todo aquele tempo,encarando seu próprio mundo...
Eis, que num momento ela aparece,
um sorriso no rosto, alegria contagiante,
ela passa e acena com a mão...
Ele fica fascinado, como podia ser tão delicada?
tão meiga? não importava, o que ele sabia,
era que ela tinha que notá-lo, de alguma maneira!
Não sabia o que fazer, nunca passara por aquilo,
aquele rebuliço no peito, a vontade de chama-lá,
de segura-la nos braços e de beija-la.
Achou que estava ficando meio doido...
Não, estava simplesmente amando.

Siga...

Saiu de casa aos 15,
por decisão própria,
não quis incomodar ninguem com aquilo.
Viveu os 3 anos mais felizes da sua vida,
mas, afinal, já tinham passado...
E quando ele olhava pra trás, e via tudo aquilo,
sentia saudades, as lágrimas vinham ao rosto
e o coração amargurava, com um tanto de carinho
tudo aquilo que acontecera,
os momentos felizes, os tristes, os de medo e os de alívio,
Seguiu enfrente, um tanto forçado, mas seguiu...
Esqueçer? Jamais.
Lembrar? Pra sempre.

Pensamentos

Andava pela rua,
Quando derrepente um sentimento o invadiu.
Aquele aperto no peito, o frio na barriga.
Sua cabeça fora pra longe, pra um lugar distante,
queria estar lá, ele sabia, mas não podia.
Quisera muitas vezes voltar, se recusou,
Não por si, mas por todos os outros.
Tentou esquecer, continuar andando,
mas não conseguia desfocar a mente,
as imagens lhe vinham à cabeça a todo momento,
era angustiante, e mesmo assim, ele decidiu mantê-las,
para que não esquecesse todos os erros, e todo o mal que causara.
Foi quando um carro passou rente ao meio-fio,
e sua atenção se voltou para a rua novamente.
Mas ainda estava ali, a dor em seu peito,
que ele fizera questão de não evitar.   

A Derrota

Ele caiu ali,
naquele chão frio e úmido.
O suor molhava sua testa
e o sangue encharcava seu peito.

Fez tudo o que pôde,
mesmo sabendo que seria inútil.
Aquela nao era,
e nunca fôra sua batalha,
lutara por simples orgulho
mas com fé
E a esperança de que,
talvez um dia,
Toda aquela bravura tenha valido algo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Enamorados

Do que o amor os tinha feito?
Bastava-lhes estar ali juntos
um ao lado do outro, que simplesmente
acontecia a magia.
Enamorados da noite, ficavam ali,
conversando, acariciando, e se declarando.
É, para sempre...não, foi mais que isso.
E quando a Lua subia no céu, tímida
Ficava admirando-os, e torcendo
para que aquilo nunca acabasse,
aquela visão quase divina,
que causava inveja a muitos,
e a muitos era admirável!  

Fim de tarde

Então ele sentou na varanda...
Olhou para aquele fim de dia,
Um céu alaranjado.
Ali ficou por um tempo,
com o vento soprando em seus cabelos grisalhos e
arrepiando sua pele.
Imaginava,
As milhões de possibilidades,
Que teriam sido sua vida,
Mas de que adianta?
A vida dele foi aquela:
Sentado naquela varanda,
Olhando o pôr do Sol,
Vendo casais ao
longe no lago.
Se contentara, a um certo ponto.
Ainda lembrava da vida
antiga.
O novo rumo que escolhera,
Era-lhe mais agradável,
E por isso
decidira continuar
Até que lhe viessem cobrar
Todos aqueles anos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A primeira de muitas...

Antes de tudo, queria começar mostrando a vocês, uma das obras do cara que mais me inspira até hoje, o excelentíssimo Vinícius de Moraes, grande poeta, cantor e sobretudo , amante:
Soneto da Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento,
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto,
Que mesmo em face do maior encanto,
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vive-lô em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama,
Mas que seja infinito enquanto dure.