sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sozinho

Quando a neve finalmente se foi,
e o céu ficou limpo,
todos os animais saíram de seus ninhos, tocas e esconderijos,
e como uma aquarela, começaram os cortejos de amor,
os pombos inflando seus papos para as delicadas pombas,
os esquilos brincando de pega-pega,
cães selvagens se embrenhando e rolando na grama recém umidecida,
patos e seus "quacks" no lago.
Porém, havia um que estava ali, observando todo aquele alvoroço.
Era um canário, empoleirado em um fino galho de pinheiro.
Sua amada havia ido, e nunca voltara.
Ele, amante fiel, postou-se no galho e ali ficou,
numa solidão profunda, esperando o dia em que veria de novo
o semblante de sua querida outra vez.

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